Para
Fernández (1998), as reflexões sobre o estado atual do processo
ensino-aprendizagem nos permite identificar um movimento de ideias de
diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e
aprendizagem.
Entre
os fatores que estão provocando esse movimento podemos apontar as contribuições
da Psicologia atual em
relação à aprendizagem, que nos leva a repensar nossa prática educativa,
buscando uma conceitualização do processo ensino-aprendizagem.
As
contribuições da teoria construtivista de Piaget,
sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de influência educativa têm
chamado a atenção para os processos individuais, que têm lugar em um contexto
interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma
estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados.
Os
mecanismos de influência educativa têm um lugar no processo de
ensino-aprendizagem, como um processo onde não se centra atenção em um dos
aspectos que o compreendem, mas em todos os envolvidos.
Se
analisarmos a situação atual da prática educativa em nossas escolas
identificaremos problemas como: a grande ênfase dada a memorização, pouca
preocupação com o desenvolvimento de habilidades para reflexão crÃtica e
auto-crÃtica dos conhecimento que aprende; as ações ainda são centradas nos
professores que determinam o quê e como deve ser aprendido e a separação entre
educação e instrução.
A
solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos
aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem.
O processo de
ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas diferentes,
que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento,
até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um
todo integrado que destaca o papel do educando.
Nesse
último enfoque, considera-se a integração do cognitivo e do afetivo, do
instrutivo e do educativo como requisitos psicológicos e pedagógicos
essenciais.
A
concepção defendida aqui é que o processo de ensino-aprendizagem é uma
integração dialética entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito
essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno. O
instrutivo é um processo de formar homens capazes e inteligentes. Entendendo
por homem inteligente quando, diante de uma situação problema ele seja capaz de
enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as
situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possÃvel se
ele for formado mediante a utilização de atividades lógicas. O educativo se
logra com a formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser
social, compreendendo o desenvolvimento de convicções, vontade e outros
elementos da esfera volitiva e afetiva que junto com a cognitiva permitem falar
de um processo de ensino-aprendizagem que tem por fim a formação multilateral
da personalidade do homem.
Palavra Chave:
A MEDIAÇÃO COGNITIVA COMO CONDIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM COLABORATIVA