Conversando sobre Educação Inclusiva
Professor Adriano Pereira da Silva Martins
Na história a educação não era para
todos. Sempre houve os que podem e os que não podem ter acesso. Escravos eram
excluídos deste processo. Os surdos ou mudos eram tidos como coitados sem presunção
de futuro como os demais tidos normais.
Na idade média, por exemplo, a
educação formal era apenas aos nobres e membros do clero. A revolução francesa
inicia um movimento de oportunidade para todos, pois vê na escola sua
importância para o desenvolvimento da humanidade. A sociedade faz parte da
escola assim como a escola faz parte da sociedade.
A educação inclusiva passa a ser uma
visão de pensamento. Nessa perspectiva de educação traz essa inclusão da sociedade
para dentro da escola. A proposta inclusiva ultrapassa os muros da escola.
Não se trata apenas de alunos
portadores de necessidades especiais. Podem-se citar como exemplo as questões
sociais, raciais, de credo, entre outros. A intenção é sempre igualitária. As
pessoas, dentro de suas diferenças, devem ser respeitadas igualmente com
direitos, deveres e obrigações.
Não é objetivo na educação um ambiente
heterogêneo. A ideia de que que as práticas pedagógicas diversificadas alcancem
todos os educandos é independente de necessidades ou não. Deve-se entender que
essa proposta de educação inclusiva oportuniza a todos o mesmo tipo de
conhecimento. A sociedade já exclui alunos e essa exclusão se repete na escola.
A educação inclusiva é baseada nos Quatro Pilares da Educação. Aprender a conhecer (adquirir instrumentos de da compreensão), aprender a fazer (para poder agir sobre o meio
envolvente), aprender a viver
juntos (cooperação com os
outros em todas as atividades humana), e finalmente aprender a ser (conceito principal que integra todos
os anteriores).
A proposta da educação inclusiva é que todos os alunos tenham
a possibilidade ter os mesmo aprendizados a partir do cooperativismo. Aluno com
aluno, aluno com professor, etc. Aqui destacamos as relações humanas. Para uma efetiva proposta as relações
humanos são decisivas.
O que atrapalha? Segundo Rosita
encontram-se algumas barreiras. Barreiras sócio-culturais construídas a partir
do padrão da exclusão. Quem não se encaixa está de fora. Crianças que alcançam
ou não atingem o esperado delas já são excluídas. As barreiras precisam ser
conhecidas para serem ultrapassadas.
Soluções? A escola deve propiciar um
ambiente de diálogo entre professores, gestores e comunidade para:
ü
Estudo
minucioso da implantação deste processo e envolver toda a comunidade escolar.
ü
Análise
do levantamento das necessidades de atendimento.
ü
Especialização
e cursos de aperfeiçoamento dos professores para constante atualização e
gestores para administração compartilhada.
ü
Melhores
condições de trabalho e remuneração.
ü
Investimento
em tecnologia e equipamentos para diversidade.
ü
Crianças
com necessidades educacionais especiais.
Percebe-se que as sugestões são
baseadas na gestão compartilhada, pois a escola não pode contribuir sozinha. A
proposta não é apenas da escola, mas também para fora dela.
O que a legislação entende como
Educação Especial? Segundo a LDB, a partir de 2013 o termo correto se divide em
três tipos de alunos:
ü
educandos com deficiência (física e sensorial);
ü
transtornos globais do desenvolvimento (autismo/síndrome
de Asperger) e;
ü
altas habilidades ou superdotação.
Em 2013 o termo “Portadores de
Necessidades Especiais” foi retirado do ordenamento jurídico, pois se tratava
muito amplo e generalizado e não retratava com exatidão o atendimento
especializado para oportunizar desafios e entender suas necessidades.
Os fatores sociais e econômicos
extra-escolar.
Fracasso escolar depende de suas
competências e habilidades oportunizando novos aprendizados. Fazer com que haja
desenvolvimento, e não taxar que estão fadados ao fracasso. O fracasso não está
inserido no aluno, mas em sua deficiência e sua dificuldade. São diversos
aspectos que influenciam esse fracasso, mas não está dentro do aluno.
A avaliação na proposta inclusiva deve
partir do princípio de que todos os alunos são capazes. A avaliação deve ser
igualitária sem privilegiar ao aluno incluso, contudo sua atribuição de nota
deva ser qualitativa, isto é, prevalecer
os aspectos . Avaliar tendo como foco os avanços.
Para finalizar lembramos que estamos
numa sociedade pós-crítica com o desafio de educar para a diversidade. A escola
e a sociedade apresentam esse desafio diariamente. O conhecimento prévio do
conceito de educação inclusiva eleva-nos para um novo caminhar.
Referência Bibliográfica
CARVALHO,
Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos "is"